Enquanto era escrito esse artigo para o “Papo de Especialista”, os números do coronavírus no Brasil eram de 1.891 infectados e 34 mortos, conforme boletim do Ministério da Saúde. Agora, enquanto vocês estão lendo, com certeza, os números são bem maiores. O que também aumentam são as notícias sobre a produção de respiradores, que atendem pacientes necessitados da respiração artificial. No entanto, a maioria dessas notícias não fala sobre os fisioterapeutas intensivistas, que operam esses respiradores, nem sobre sua importância em uma equipe multidisciplinar. Neste artigo, diferente dos outros que geralmente publicamos, não iremos descrever sobre uma patologia ou tratamento que realizamos muito menos darmos dicas. Vou contar a você, leitor, a importância da fisioterapia hospitalar e parabenizar os fisioterapeutas que estão trabalhando na linha de frente, atuando nos cuidados respiratórios do paciente e na ventilação mecânica (os ventiladores, que tanto se fala na mídia). A fisioterapia intensiva é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) e pelas principais sociedades que trabalham com pacientes em terapia intensiva. Ela é especial, pois torna o profissional apto a lidar com o paciente crítico, que possui limitação motora grave e outros problemas que exigem maior cuidado e conhecimento. O fisioterapeuta intensivista é quem, entre tantas funções, realiza a manutenção da assistência ventilatória, além de intervenções terapêuticas em pacientes que estão com diversas disfunções de sistemas orgânicos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). O fisioterapeuta intensivista está focado em dois aspectos principais: Respiratório: é o suporte ventilatório, com a parte de fisiologia respiratória, oxigenoterapia, ventilação mecânica não invasiva e invasiva. Além de toda a parte do cuidado respiratório do paciente, que é um dos motivos que o leva ao Centro de Terapia Intensiva (CTI); Motor: a fisioterapia motora inclui a parte de fortalecimento, reabilitação, prevenção de deformidades e tratamento de complicações relacionadas com a permanência desses pacientes, durante muito tempo imóveis em uma cama de hospital. Nesse contexto, é importante a mobilização precoce, cujo planejamento também é feito por esse profissional. Por fim, queremos parabenizar e enaltecer todos os profissionais da saúde que estão na linha de frente ao combate à covid-19. Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, biomédicos, farmacêuticos e fisioterapeutas.
- Biofisio
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